Filosofia de rua

Imagem meramente ilustrativa
Fonte: http://pardevaso.com/ideias-para-o-pacote-de-presente/
Adorei, vale a pena conferir 👆
Há pouco menos de dois meses comprei um produto da China, via internet. No dia em que ele chegou, voltei para casa pensando em como algo vindo de tão longe, de uma cultura bem diferente, parou aqui, em uma cidadezinha que quase ninguém sabe que existe. Por quantas mãos meu pacote passou sem falar nos germes e quantas pessoas trabalharam, quem sabe em um ritmo frenético, para que meu pedido fosse atendido com êxito. Pensei em tudo isso.

Eu, que sou uma admiradora de outras culturas, me senti mais incluída recebendo um produto de tão longe, mesmo eles nem sabendo que eu existo. Quer dizer, eles sabem, meu nome estava no destinatário, mas aposto que eles não ficaram pensando, como eu, em quem iria receber. 

A teia que nos liga é mais intrincada do que podemos imaginar, nem temos muita consciência do nosso papel no efeito borboleta. Para que meu pacote chegasse intacto aqui, será que alguém lá na China teve um dia complicado? Espero que não, mas é uma possibilidade. 

Até o pacotinho viajou de avião e eu não. De fato, não estou interessada, mas pensei nisso também.

2 comentários

  1. Angela, eu não sabia que cê tinha um blog! Fui responder aos comentários do meu - bem atrasada, mas final de semestre, aquela coisa toda - e vi que tinha um teu com um link. Que legal descobrir esse teu cantinho!

    Às vezes também fico pensando nessas questões de efeito borboleta e como a gente se liga a pessoas através de pequenos objetos que vêm de longe. Não sabemos quantas pessoas estiveram envolvidas no processo pra que aquele objeto nos chegasse em mãos. É meio mágico isso, risos

    ;*

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    1. Obrigada pela visita, Mia! Seja sempre muito bem-vinda ao meu cantinho do pensamento :)

      Verdade! Eu penso muito sobre essas coisas, tanto que, às vezes, minha cabeça chega a dar um nó, rs

      :*

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