Amado...

Já não pode mais pescar e jogar cartas.
Não podia ver e nem ouvir como antes.
Mas a bondade e a paz em seu coração foi a mesma,
Do princípio ao fim. Por 90 anos.
E continuará no plano espiritual, que agora se encontra.
Já não o acompanho em seus trabalhos.
Não sinto sua mão aquecida na minha, desejando uma boa semana.
Mas o amor, este nunca o sentirei gélido,
Permanecerá nesta vida, nas outras e para a eternidade.
Assim como a saudade e as belas lembranças, em meu coração

Falso inócuo

Soberano em seu trono: o descaso.
Anônimos unidos por um adjetivo comum,
idolatrando seu rei e iludindo aos escravos.
O breu dos corações aflitos e descrentes
como um manto que cerca os ausentes
de dor, de vida, de paz.
No coração um feixe de luz ameaça surgir
e mais uma vez o soberano intervém,
a esperança corroída pela lápide de gelo.
Mais uma suposta verdade nas mãos do descaso
Implacável.
Quem se importa com as lágrimas?
Desde que estejam no rosto alheio, ninguém!