Degradê



 " Que eu mantenha meu equilíbrio, mesmo sabendo que muitas coisas que vejo no mundo escurecem meus olhos". (Chico Xavier)

Muito antes de tomar conhecimento desta citação de Chico Xavier, escrevi algumas palavras sobre como me sentia com relação a isto na postagem Névoa.
Nada mudou de lá para cá, pelo contrário, tudo foi reforçado. Porém, nos deixamos abater por névoas, escuridão, tristezas, decepções e tudo isso acaba nos impedindo de ver a vida.
Nada, absolutamente nada, é perfeito na condição humana e devemos nos acostumar com as consequências desta situação e, como bem coloca Chico Xavier, manter o equilíbrio.
Há tanta beleza para ser exaltada que é preciso esquecer um pouco do que nos aflige, do que é obscuro e insensato. Não é fechar os olhos em um sono profundo, e sim, apenas descansar, e após abri-los, tentar ver por outro ângulo, com novos prismas.
É o equilíbrio, o meio termo. Nem branco, nem negro: cinza!

Desvanecendo com as nuvens

Pela manhã vejo algumas nuvens a passear pelo céu, meu olhar está triste, mas as acompanha. Pensamentos, mágoas, ideias desviam meu foco e esqueço das nuvens.
Minha mente deveria estar em outro local, em uma esfera racional e lógica, mas ela se perde. E, as nuvens também. Quando lembro de observá-las novamente, eis que não as vejo mais, para onde foram? É intrigante, elas desaparecem no infinito.
"- Me levem com vocês para este lugar mágico, eu necessito da paz de espírito que encontro quando me volto para vocês."
Como será o refúgio das nuvens? Límpido, iluminado, pacífico e melódico.
Me transporto até lá no intuito de proteger minha alma e afastar as dores que a assolam.
Ser humano indigno de algo tão celestial, permaneça em seu mundo, aceite-o, mesmo sendo tão errado. São sonhos, apenas sonhos e nada mais!