O que significa ir contra a própria natureza? É saber exatamente o que se quer e acordar todos os dias para fazer totalmente o contrário! Por comodidade, necessidade, falta de oportunidade ou medo deixamos de ser o que somos e de fazer o que sabemos que deve ser feito. E, como uma bola de neve, todos os dias parecem estar nos destruindo. OK, nem tudo é perfeito, mas algo precisa ser perfeito, ou, pelo menos, melhor e, estar satisfeito consigo mesmo é elementar.
Tudo parece nebuloso, bagunçado, estraçalhado, perdido, obscuro e perder as rédeas pode ser normal, mas, é fundamental dispor-se a procurá-las e quando se vai, todos os dias, contra o que a natureza de nosso ser necessita, provamos que abandonamos as rédeas, corremos sem destino, como reféns da angústia e da desesperança.
Nessa corrida cega acontecem choques inevitáveis que nos fazem mudar de caminho, porém, continuamos seguindo de forma contrária. Podemos até pensar que estamos na direção certa se nos basearmos nas necessidades terrenas, mas a alma acaba tornando-se prisioneira destas escolhas e de um corpo que segue pelo mesmo caminho todos os dias, mesmo que algo interior se debata vigorosamente, dando sinais, às vezes sutis, outras nem tanto, que não sabemos interpretar, ou não queremos, ou, pior, não podemos. A ignorância, nesse caso, é pacificadora, pois saber o caminho certo e não poder trilhar é, no mínimo, perturbador.
Acredito, sinceramente, que viemos para este mundo com uma missão escolhida por nós mesmos e, na medida em que nos distanciamos deste propósito, a alma nos manda sinais físicos e/ou mentais. É por isso que, algumas vezes, não conseguimos diagnosticar certos sintomas, pois nos esquecemos de dialogar com nosso verdadeiro Eu, nos esquecemos do lugar de onde viemos e de como manter essa conexão é importante para o desenvolvimento terreno.
É necessária a constante renovação de hábitos, ideias e sentimentos, porém, devemos fidelidade ao que somos e respeito à natureza de nossa alma. Pessoas extremamente sensíveis, por exemplo, precisam assumir sua condição, adaptar-se ao mundo da melhor maneira, mas nunca ir contra seus sentimentos e percepções. Assumir é a palavra-chave. É dizer, com convicção e sem constrangimentos, em que se acredita: sou espírita, sou católico, sou protestante, sou umbandista, acredito nos elementais, sou panteísta, espiritualista, mórmon, budista, islâmico, evangélico, hindu, wiccano... Nada importa além do bem, para o amor não existem denominações, a luz, neste plano, não é concentrada, ela está em tudo e em todos, basta voltar-se para o interior e saber interpretar os sinais. Basta ver.
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