30 de agosto


É meu aniversário e me sinto estranha. Com 24 anos ainda não sei exatamente qual a minha missão neste mundo. Tenho uma família materna maravilhosa, um namorado que amo, mas mesmo assim falta algo que não depende dos outros, apenas de mim. São os meus sonhos e perspectivas, difíceis, mas não impossíveis, ou, quem sabe, dificilmente possíveis. Não sei, é algo que faz falta, um anseio que não compreendo, deve ser da alma. Meu ser precisa de respostas sobre o rumo que deve tomar.
Estranho e imaturo, ou não! Só não quero me acomodar, parar no tempo, esquecer meus sonhos, que muitas vezes nem sei ao certo quais são.
Minha vida é pacata, mas isso não me incomoda, só minha mente que não para, e quando durmo, meus sonhos viajam o universo todo em busca de lugares que me aproximem de meus desejos mágicos.
É complexo um sentimento assim, quase irreal, vivenciado diariamente, sem medo, mas com insegurança. Gostaria que muitas coisas voltassem, alguns momentos para algumas decisões. Jamais mudaria, jamais! Um ano triste, enfadonho e sem cor. Uma vida que não é minha, ressalvo as pessoas que me deram a mão, impedindo que eu despencasse.
Difícil passar uma semana sem chorar. Não tenho um problema sério, mas tenho problemas que interferem em minha vida. Tudo parece tão mais forte que eu... A culpa, a dor, a insegurança, inquietação, ansiedade, medo... O que muitas vezes me toma e me leva.

Depois da chuva vem o sol

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