Conhecer o pior dos medos se torna impossível quando não se sabe quais são os verdadeiros. Como agir perante algo que não se pode palpar e, muito menos conter? Ele vem e vai, muitas vezes rapidamente, e como a tempestade, destrói.
O medo limita, enfraquece, alerta. Não se vê, mas é possível senti-lo toda vez que alguém ou algo se aproxima, trazendo a incerteza, a dúvida. O sutil estranho que te apresenta o belo com uma das mãos, guardando na outra o punhal da dor.
Infelizes, ou felizes os que sentem medo, tanto do bem, quanto do mal, até estarem indefinidos e atravancados no mesmo coração hostil ou iludido.
Hostil por ser temeroso, iludido por confiar cegamente. Eis que surge um impasse, nunca resolvido, mas frequentemente encontrado. Qual caminho seguir quando o que buscamos não se trata de uma ciência exata e calculável? É sábio deixar a vida seguir seu curso, ninguém é totalmente dono de seu próprio destino.
Desta vez, finalizo com a terceira, das Quatro Verdades Nobres de antigos textos budistas:
"Em todas as ações, que eu examine minha mente
E assim que surjam desilusões
Ameaçando a mim e aos outros
Que eu as enfrente e evite com firmeza"
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