Falso inócuo

Soberano em seu trono: o descaso.
Anônimos unidos por um adjetivo comum,
idolatrando seu rei e iludindo aos escravos.
O breu dos corações aflitos e descrentes
como um manto que cerca os ausentes
de dor, de vida, de paz.
No coração um feixe de luz ameaça surgir
e mais uma vez o soberano intervém,
a esperança corroída pela lápide de gelo.
Mais uma suposta verdade nas mãos do descaso
Implacável.
Quem se importa com as lágrimas?
Desde que estejam no rosto alheio, ninguém!

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