Recentemente o cientista húngaro Attila Andics, desenvolveu uma pesquisa com cães para saber se realmente nossos amigos nos compreendem. Comprovar cientificamente que esses animais entendem como nos sentimos é importante, mas não chega a ser uma novidade para os adoradores de cães.
Qualquer pessoa que tem a oportunidade de conviver com um cachorro sabe que ele é capaz de compreender nossos sentimentos e palavras. Sentar ao lado desse amigo de quatro patas e conversar é uma excelente terapia. Basta olhar para a carinha dele e ver que ele está nos ouvindo. Quando estamos tristes e buscamos a companhia de um cão, ele nos olha com seus olhinhos de amor e parece dizer que tudo vai ficar bem, abana o rabinho lentamente, nos busca com a patinha, faz um carinho, tudo para nos animar. Quando chegamos felizes, ele também está pronto para brincar e aumentar nossa alegria.
Tanto cientificamente como afetivamente está comprovado que animais têm sentimentos e esses devem ser respeitados. Quantos desses seres sofrem nas ruas devido ao descaso daqueles que um dia foram seus tutores? Muitos. E é triste ver tantos animais abandonados, sofrendo e passando necessidades visto que são almas de puro amor. Por isso, resolver ter um cão não é algo simples e deve ser bem pensado. É uma vida, deve ser tratado como um membro da família, que precisa de cuidados, carinho e proteção. Ser humano nenhum tem o direito de maltratar os seres que estão neste mundo para nos dar verdadeiras lições de vida.
Observar a natureza é uma lição de vida, todos os dias. Acompanhar as atitudes dos animais, principalmente dos cães, com os quais podemos conviver mais, é algo que nos engrandece como obra de Deus. Nenhum ser é autossuficiente, temos muito que aprender um com os outros. O trecho abaixo, do livro Marley e Eu (John Grogan) emociona e é uma realidade incontestável:
“Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um graveto já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?”
E então, não é realmente algo para se pensar? Quem somos nós para acreditarmos que estamos à frente de qualquer outro ser, sendo que muitos de nós nem são capazes de amar incondicionalmente e colocam acima de tudo o status e o dinheiro? Os animais nos dão verdadeiras aulas de como valorizar o que realmente importa. Somos animais também, ditos “racionais”, mas frequentemente nos esquecemos de nossa condição neste mundo, condição que é a mesma para qualquer ser vivo, somos mortais, levamos apenas nossa alma e é nela que devemos investir. Fomos presenteados por Deus com irmãos magníficos, irmãos que nos abraçam e ensinam todos os dias, temos uma família na natureza, temos animais bondosos, como os cães, que nos acolhem e nos compreendem, muitas vezes, mais do que outro ser humano.
Por isso, independente de qualquer pesquisa, um coração bom sabe que deve respeitar outra vida, seja ela qual for, e que essa vida divide este mundo conosco com um propósito. Nenhum de nós sabe, exatamente, como Deus se manifesta ou como coloca anjos em nossa companhia, por isso, se deve prestar atenção nos sinais e reconhecer a mão do Criador em todas as suas obras.
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