Antes de qualquer evento a casa deve passar por um processo de organização. O Brasil esqueceu-se. Este ano nosso país será o centro das atenções e como estão as coisas?
Pessoalmente, não acho que sejamos indignos ou incapazes de receber eventos importantes como uma Copa do Mundo de Futebol, afinal, somos um país alegre, receptivo e, se bem administrado, rico. A justiça igualitária permitiria a construção de estádios e hospitais, o investimento no esporte, na saúde e na educação, o que nos é roubado é que torna os eventos de 2014 egoístas. O Brasil é um país de poucos onde muitos sofrem.
Só que agora está feito, ou quase feito e um tanto quanto atrasado. Mas e os brasileiros, como anfitriões, estão preparados? Não, não, não. E nem adianta procurar um professor de etiqueta agora, de última hora, o caso é grave.
Nossos jovens estão se agrupando em shoppings e causando o maior alvoroço, essa é a forma como aproveitam seu tempo de férias: combinando “bagunça” pela internet. Ideias produtivas deveriam ocupar a mente da juventude, mas isso é dificultado, cada dia mais, basta olhar em volta, ligar a televisão, ouvir certas músicas, frequentar alguns lugares.
De dentro dos presídios partem os comandos mais desumanos, nem as grades detêm as maldades, aliás, muito menos as grades detêm as maldades. O Estado se mostra totalmente vulnerável diante de situações como esta. Inocentes pagam com a vida.
O trânsito é um caos e os motoristas reclamam das estradas, mas não lembram do dever de evitar a embriaguez e reduzir a velocidade. Mais vítimas.
O mundo possui a placa de “fechado para reforma” faz um bom tempo, e sabe como é reforma, sempre demora. A do Brasil então está mais do que atrasada, creio que nem tenha começado.
Muitas palavras já foram ditas no intuito de conscientizar as pessoas de que a mudança começa de dentro para fora. O problema é enfrentar o mundo se você decidir mudar, definitivamente se é atropelado. O jovem que não se “enquadrar” é deixado de lado, o motorista que não acelerar até o limite é considerado fraco e o dinheiro torna-se o medidor da felicidade. A vida do outro? Para muitos, apenas um detalhe. Precisa-se de reforma, urgente!
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