Hoje é completamente errado afirmar que homens se engalfinham em brigas como animais, afinal, são muito piores.
Hoje são os animais que nos dão verdadeiras lições sobre família, amor, compaixão e apego. Quem ensina quem?
Hoje deixamos muito a desejar como a raça evoluída, o ser inteligente.
Sabemos que há uma cadeia alimentar entre as espécies, isso sempre existiu. Mas, o que mais vemos na convivência humana são pessoas tirando a vida uma das outras sem motivo nenhum. Como explicar? Há quem diga que é o fim dos tempos, outros afirmam que sempre foi assim, para mim não interessa a cronologia, mas sim os fatos e tentar buscar algum entendimento.
Nascemos como qualquer outro animal e nos desenvolvemos da mesma forma, a diferença é que somos dotados de “inteligência”, escrevendo assim parece até piada, que inteligência? Ou melhor, para que a estamos usando? Em resposta a essa pergunta aparecem as seguintes conclusões:
- Usa-se a inteligência para arquitetar planos de guerras, bombas, armas, experimentos. Muito disso gera consequências na saúde, qualidade de vida, relações e atividades da sociedade a curto e longo prazo. Com isso, o ser humano busca formas de minimizar ou solucionar esses problemas e progride. Realmente progride? Que forma de evolução é essa que destrói para depois remediar e embasa seu desenvolvimento nesse conceito errôneo de inteligência?
- Usa-se a inteligência para viver em sociedade pacífica. Usa-se mesmo? Não vivemos bem com seres de outras espécies e muito menos com os da nossa. Mães e pais que abandonam seus filhos, filhos que agridem ou assassinam seus pais, pessoas que causam verdadeiros massacres, assassinos do trânsito, agressões descabidas, abuso por parte das autoridades, justiça para poucos ou quase ninguém e a lista é grande. Não se respeita o meio em que se vive, até animais ditos de estimação são abandonados todos os dias a própria sorte, sem um pingo de compaixão e sentimento. Então, se atribuí muito disso ao estresse dos dias atuais, aos problemas mentais recorrentes, aos traumas e a falta de oportunidade. Mas de quem é a culpa para que tudo isso venha à tona? Do ser racional. É um círculo vicioso e dá a impressão de que não será quebrado jamais.
Sempre há desculpas e explicações para tudo, incrustado nisso está o comodismo. As expressões mais comuns são: “hoje em dia é assim”, “a culpa é do governo”, “que aumentem as punições”, “o Brasil não tem jeito”... O problema é quem se omite, quem se esquece dos sonhos, quem passa por cima de tudo e todos para conseguir o que quer e o dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro...
E você que vai para as baladas, enche a cara, pega a “droga” do teu carro, sai em alta velocidade e acaba com a vida de inocentes? Você é sim o responsável pela atual condição do mundo, não seja hipócrita! O vocabulário ficou forte? Sim, na medida da minha indignação.
As pessoas agem assim: não basta ter uma mulher ou homem só, o divertimento não pode ser sadio, é preciso beber, usar drogas, desmoralizar com tudo, abusar de comportamentos vulgares e ainda por cima contar vantagem. Belos exemplos de seres inteligentes.
Para mim não serve nada disso, meu modelo de sociedade é baseada na paz e no amor. Um tanto quanto hippie? Não, não gosto de estereótipos, só valorizo o que realmente importa. E não me canso de dizer que o ser é o que realmente importa. O que você ensina primeiramente para os seus filhos: saber manusear um celular ou preservar a natureza e todos os seres que fazem parte dela? Eu, infelizmente, sei a resposta. De que adianta tantos gênios se o mundo está sucumbindo por nossa culpa?
Ninguém é perfeito, mas estamos à beira da imperfeição total. O mundo pede socorro, precisamos ouvir seu apelo.