Mesmo na falta, existe a felicidade, principalmente quando na presença havia distância. Já posso olhar pela janela com mais facilidade, ainda com saudade, mas sem angústia. Uma janela se fechou. O tempo passou e agora é outra que se abre, desta vez sem você... Não menos iluminada, mas com cores diferentes.
Através desta janela ainda vejo o barco partir, te levar para mais distante. A cada manhã, ele vai e transporta parte de meus sonhos consigo. Mas o que são alguns sonhos para uma alma eterna? Uns partem, outros chegam... Alguns se perdem, outros se encontram... Foi exatamente isso que aconteceu: o trem partiu e a estação ficou. Em um vai-e-vem constante, em algum momento, com seu ar nostálgico e antiquado, a estação não permite mais a parada do trem. Ela precisa descansar, tornando-se apenas lembrança, para que outros cheguem, para que outros partam...
Quem sabe este seja o caminho para esquecer: a janela, o barco e a estação.
Você escreve tão bem *...* (L)
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