Neste momento, chego a conclusão que não consigo mudar, por mais que eu empenhe meus esforços, tudo é em vão. Busco, incessantemente, paz em mim ou em algo/alguém, que me traga de volta as boas sensações do passado. Sinto-me pouco a vontade em qualquer lugar, é como se quisessem chamar minha atenção, mas não compreendo, não tenho ideia do motivo pelo qual, assombram meus pensamentos.
É como apoiar-se em um tronco de árvore que flutua no mar, pois, por mais que se esteja agarrado a ele, continua-se a deriva, esperando pela salvação.
Tenho a impressão de que não consigo sustentar uma amizade, não consigo que, boa parte das pessoas, fique comigo sem me magoar ou me atingir de alguma forma, e esse é um erro meu! Por que esperar tanto? Por que analisar tudo o que acontece, até mesmo antes que aconteça? Eu não deixo o mundo girar, sinto uma necessidade irritante de controlá-lo, de saber o que me espera...
Sigo tomada por uma ansiedade nostálgica e de grandes magnitudes, que interfere em minha vida, de forma que nada mais é como antes.
Anseio por um jardim florido que me acolha em meio ao seu colorido e afaste de mim o cinza que empalidece meu sorriso. Preciso que a cor retorne ao meu olhar, para que eu volte a ver tudo de belo que me cerca. Não sou ingrata com a vida, mas me perdi em seus caminhos.
Preciso de alguém para conversar agora, preciso de uma folha imensa, em forma de rede, que o vento embale até que eu durma ao som da sua voz, quero fechar os olhos, ter um sonho bom e acordar feliz, feliz para sempre.