- XI -


Na verdade, não quero muito,
Apenas uma casinha na floresta
Não precisa ter tamanho, só aconchego.
Rodeada pelas árvores,
Caminho todas as manhãs,
Sentindo as folhas sob meus pés.
Cercada pelas brumas, cuido das plantas e dos animais. 
Não preciso de muito, 
Apenas de um riacho onde eu possa banhar minha alma, 
Sentar em uma pedra, com os pés na água e relaxar. 
Ouvir o canto dos pássaros, o farfalhar das árvores, 
O aroma da Natureza. 
Quero esquecer que perdemos o rumo 
E me reconectar... 
Deixar para trás o ego sombrio do material, 
Plantar o alimento, colher as ervas, fazer minha arte. 
Sentar à sombra de uma antiga árvore para ler, 
Correr pelos campos verdes com o vento em meu rosto. 
Respirar fundo o ar puro da liberdade. 
Descalça, sinto a Terra, 
 Curando-me, me deixando mais forte, 
Resgato meu poder ancestral a cada dia, 
Faço do verde o meu poder 
E, do azul do céu, meu manto protetor. 
Não estou pedindo muito, 
Só desejo a simplicidade, 
De algo único 
 Que encontramos em nós mesmos 
E no contato com a Mãe Natureza. 
Na verdade, só desejo entrar nesse sonho, 
E viver nele a real felicidade!

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