O revés da despedida

O olhar para trás após a despedida é definido como o ato que duplica a dor.
A cada segundo mais distante, e mais perto de onde sempre esteve.
Diz-se que o vazio não ocupa espaço... Hoje ele domina, flutua e pesa. Impera em um reino que ontem foi perfeito e agora se faz vazio, incerto.
Comum. Olhos nas costas alheias, marejados encobrindo a inconformação.
As despedidas, estas sempre existirão, o que muda é a forma e a intensidade.
Incomum. Não perceber que ocorreria, viver pensando que a presença seria contínua. Mas não...
São dias que mudam, noites que afastam, vento que leva, memória que recorda.
Há encontros e despedidas marcados para acontecer, sem atrasos nem antecipação. O que resta é esperar, aceitar, duvidar ou outro verbo qualquer que se adeque ao simples fato de sentir a falta de alguém.

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