Apenas como uma garrafa no mar...

Pode ser que eu tenha cansado! Cansado de fingir que está tudo bem, tudo normal. Quem sabe só agora eu tenha aberto os olhos e me visto no espelho consciente de quem eu sou. Ou não, pode ser que já não me conheça mais. Quem sabe seja a hora de colocar tudo em uma garrafa e jogá-la no mar, sem utilizar telefone, e-mail ou qualquer outra modernidade, por que cansei dela. Desta forma todos os meus pensamentos, idéias, medos e alegrias ficariam vagando, sem rumo, para serem encontradas, ou não. Seria bom que essa garrafa nem fosse encontrada, que permanecesse intacta... fechada, assim como eu, para que desta forma ninguém pudesse tomar ou mudar o que há em mim. Tudo se foi, e eu fiquei! Parada, perplexa... só olhando minha imagem refletida no espelho, uma lágrima se formando no canto do olho, tudo tão vago, sem motivo ou explicação. Intenso, porém indiferente, quem sabe se deixando guiar pela brisa do mar, ou então pela tempestade... Mas neste instante não faz diferença, a garrafa já partiu, não é mais minha. E quem sabe agora, verdadeiramente, eu saiba que não está tudo bem e eu não preciso mais me conformar com isso, pois o problema não sou eu, ou talvez seja! Encontre a garrafa e entenderá...

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