
Entretanto, quando em algum momento, surge algo ou alguém extremamente próximo ao sonho quimérico que é parte constante dessa mente, ocorre uma imensa e perturbadora confusão de emoções, que variam entre a felicidade intensa e o temor da perda. É como uma faca de dois gumes, o sim e o não, o amor e o ódio, sempre contraditórios mas dependentes. É realmente muito fácil se acostumar com o perfeito, com a realização do sonho...porém, é difícil pensar que tudo pode se perder, e o vazio voltar, olhar para os lados e perceber que nada, nem ninguém é capaz de, definitivamente, preencher esta lacuna.
Extremamente mais penoso, no entanto, é decidir se é preferível viver por um tempo a mágica de estar, ao menos próximo, dos sonhos considerados inalcançáveis, ou então existir sem nunca ter tido a sensação de permanecer em um mundo paralelo onde o que você quer é possível e está ao seu alcance. Por este motivo, esta escolha não existe, se vive o que é para ser vivido, muitas vezes a pessoa sai de seu círculo e é ferida, machucada por um outro mundo desconhecido, o que é normal, pois faz parte do aprendizado, da missão que cada um tem ao ganhar uma vida, ao expor sua alma novamente ao que é tido convencionalmente como real.
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