' Um ser pó '


O medo da perda é inexplicavelmente assombrante e lutar contra ele parece ser absurdamente sufocante e ilógico. Cogitar a possibilidade de ficar distante de alguém que é tão próximo ao coração, faz nossa mente delirar, criar possibilidades, teses, falsas esperanças, ilusões.
São como fantasmas: a solidão e a saudade! De fato elas existem, mas não sabemos se verdadeiramente são parte do mundo real, ou apenas fantasias que brotam de nosso ser insano e dominado pela emoção.
O coração parece assumir vida própria, sendo capaz de comandar todas as nossas ações, pensamentos, respostas e sonhos. Nada foge da idéia fixa da solidão, da incapacidade de mudar o destino, do sentimento de fragilidade que assola a alma quando nos vemos como um nada, um simples pó, que a qualquer instante o vento levará para outro canto, um lugar totalmente desconhecido, surgindo então a necessidade de se readaptar, sobreviver as mudanças, resistir e compreender as novas emoções, até que o vento volte e leve tudo novamente...

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